Devan Martell [Mari]

Devan Martell

Vantagens e Desvantagens

Vantagens: Ágil, Artista (música), Confiante, Eloquente.

Desvantagens: Franco, Lascivo, Imperito com Armas, Impulsivo.

Características Fisicas e Psicológicas

Alto e esguio, pele de um tom moreno claro, cabelos e olhos negros e uma barba sempre bem aparada, era considerado um homem muito bonito. Na verdade, ele tinha certeza é que era muito bonito. Sua imperícia com armas e sua incapacidade de ser muito mais que um vagabundo poderiam ter feito dele motivo de zombaria em Dorne, mas Devan era tão confiante de si e orgulhoso que fazia com que aquilo parecesse uma grande vantagem, em vez de uma desvantagem. Tem uma língua afiada e é um piadista nato, se dando muito bem em todo tipo de interação social, apesar de que sua franqueza e humor ácido, junto com a mania de nunca pensar duas vezes antes de falar ou agir, não raro lhe rendem brigas, mas essas características são balanceadas por seu jeito sociável e eloquente, fazendo com que ele seja uma companhia divertida e em geral apreciada. Possui dedos hábeis e faz uso deles de diversas formas, o que o torna um ótimo músico, toca o alaúde com maestria, acompanhado por sua voz grave e doce, e é ótimo em improvisar letras e melodias,  usando isso frequentemente para conquistar moças. Extremamente lascivo e conquistador, tem preferência por mulheres, mas já experimentou rapazes e adora novas experiências, tanto na cama quanto em sua vida de modo geral.

História do Personagem

Devan foi o terceiro filho do Príncipe, sem nenhuma chance de herdar o que quer que seja, e por isso foi treinado para ser cavaleiro desde a mais tenra idade. Apesar de todos os incentivos que recebia, porém, as armas nunca foram o maior interesse do menino. Ele sempre teve um corpo esguio, e sempre foi muito ativo e brincalhão; quando criança, gostava de correr por toda parte, escalar muros, andar a cavalo e brincar com outras crianças, o que fez com que fosse ágil, mas quando tinha que treinar com armas, sua animação diminuía, e ele progredia muito lentamente. Até apreciava assistir lutas e torneios, mas fazer aquilo era outra história, ele simplesmente detestava, e desde cedo já declarava que não queria ser um cavaleiro. Devido a muita insistência de seu pai e do mestre de armas, acabou por aprender um pouco, sua agilidade natural ajudando-o principalmente nas defesas, de modo que ele sabia encarar uma briga se necessário, mas armas definitivamente não eram com ele. Tinha uma ótima coordenação motora fina, que fazia sua caligrafia linda e seus dedos ágeis para trabalhos manuais, mas empunhar uma lança ou espada e atacar com precisão estava completamente além de suas capacidades.

   Com o passar do tempo, seu pai perdeu as esperanças de transformar o filho em um cavaleiro, e ocupado demais educando o mais velho para a sucessão, deixava o caçula praticamente fazer o que bem entendesse. Beric Dayne, protegido dos Martell e um grande lutador, foi designado para proteger o jovem príncipe, e a partir de então os dois se tornaram grandes amigos. Quando tinha dez anos, sua mãe e sua irmã mais velha, Allyria, partiram para Volantis, cidade natal de sua mãe. O menino sentiu falta delas no começo, mas logo superou, sabendo que as veria de novo em breve.

Mesmo quando foi deixando de ser criança e se tornando rapaz, Devan não parava quieto por muito tempo, estava sempre fazendo alguma travessura, adorava pregar peças nas pessoas do castelo, com armadilhas e sustos, e vivia escapando de Beric e se vestindo como plebeu para passear pela cidade sem ser notado, interagindo com as pessoas comuns, flertando com moças e quase sempre se metendo em alguma confusão, de modo que não era incomum ele aparecer com um olho roxo ou algo do tipo. Cavalgar era uma de suas maiores paixões desde cedo, ele adorava a sensação de liberdade e podia ficar horas correndo a cavalo sem se cansar. Também gostava muito de ir a caçadas, apesar de raramente conseguir capturar ele mesmo algum animal.

Desde pequeno, sempre se atraiu pelas festas na corte. Adorava banquetes e bailes, boa comida, bebida e conversas, mas o que mais o encantava era a música. Era capaz de passar todo um baile observando os menestréis, ouvindo as canções e tentando as acompanhar. Aos onze anos, escapuliu para a cidade e voltou para casa na posse de um alaúde. Todos em Lançasolar sabiam que podiam descansar tranquilos ao ouvir o som do instrumento, pois era a única coisa que fazia o rapaz ficar quieto por horas, apenas tocando e por vezes cantando.

Na puberdade, descobriu uma outra paixão em sua vida que rivalizava com a música: sexo. Começou sua vida sexual relativamente cedo, e a cada dia estava apaixonado por uma moça diferente. Compunha canções que deixava as donzelas derretidas, e sua confiança deixava as mulheres experientes intrigadas. Costumava se gabar, brincando, que ninguém em Dorne usava a lança tão bem quanto ele, sua voz num tom malicioso que fazia os homens rirem e as mulheres corarem, e essa piada foi contada tantas vezes que ele acabou por ganhar o apelido de Lança de Dorne. Em sua juventude, experimentou praticamente todo tipo de coisa no quesito sexual, e não fazia questão de guardar segredos, lhe rendendo uma reputação de devasso da qual ele muito se orgulhava.

Quando tinha dezoito dias do seu nome, seu pai faleceu, Lewyn assumiu seu lugar no trono da lança, não demorando para desposar Mariya, a prima deles, o que não foi nenhuma surpresa para Devan. Apesar de todos os desentendimentos, ele amava demais o pai, e sua morte foi um grande golpe para ele. Ficar em Lançasolar era muito doloroso e cheio de lembranças, por isso decidiu partir para Volantis, em busca de sua mãe e irmã, acompanhado de Beric. Ficou ali por cerca de dois anos, onde se reaproximou das duas, conhecendo também seu sobrinho, de quem se afeiçoou logo de cara, de modo que seu luto se aliviou e logo passou. Aproveito completamente a experiência de conhecer lugares novos e exóticos, passeando um pouco pelas outras Cidades Livres também, se deliciando nas maravilhas de cada uma delas.

Ao cabo de três anos, porém, a saudade de casa, do irmão, da prima e dos amigos, fez com que desejasse voltar para Dorne. Convenceu Allyria a voltar com ele, levando Eon para conhecer o resto da família. Menos de um ano depois de seu retorno, Daeron Targaryen resolveu invadir Dorne para obter sua submissão através da espada. Devan nunca acreditou que ele conseguiria, afinal nem o fogo dos dragões foi capaz de dobrar os joelhos dorneses, não era agora que conseguiriam, e se fosse por ele teriam lutado até o último homem, e era por isso que ele nunca serviria para conselheiro. Mariya e Allyria eram muito mais espertas que ele quando o assunto era política e estratégias, e os conselhos que elas deram a Lewyn fizeram que a “conquista” fosse breve e deixasse os invasores com as estruturas completamente abaladas.

Aquele tempo de guerra deixou o rapaz com uma certa amargura em relação aos Targaryen e, principalmente, em relação aos lordes da campina, aquele bando de prepotentes. Mas agora havia um novo rei Targaryen, um homem que libertara os prisioneiros dorneses e viera caminhando até Lançasolar para oferecer um acordo de paz e uma união pelo casamento. Lewyn prometera a não de sua filha mais velha a um garoto Targaryen que carregava o mesmo nome do método a conquistador que invadira suas terras. Mas agora ele não podia se dar ao luxo de odiar o sangue do dragão, seria bom para Dorne se juntar aos Sete Reinos, e eles teriam que comparecer ao torneio em Porto Real para formar alianças, e Devan sabia muito bem o que aquilo significava: já estava se preparando mentalmente para um casamento arranjado.